domingo, 28 de setembro de 2008

Salta-me a tampinha

http://www.youtube.com/v/PVby1o6mlw8&hl=en&fs=1

A ambição do meu blog é basicamente igual à revelada pelo Perry Farrell nos últimos 30 segundos desta entrevista. Mesmo assim, não é necessário ligar para o 118 e dizer a minha morada. Eu estou bem.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O sonho tem cheiro?

Durante uma noite que foi especialmente desconfortável para mim, ao ponto de ter dado um jeito ao pescoço, sonhei que estava numa parada de animais e criaturas freak, entre outras coisas que não consigo bem explicar.

Vi cães com duas cabeças, focas com os olhos desenhados a lápis, um troll adormecido que era feito de uma matéria muito parecida com a daqueles bolos de padaria que são feitos à base de restos (as pirâmides e as broas). Além desses, havia anões e criaturas que pareciam sofrer por estar de alguma forma aprisionadas naqueles corpos.

A minha interrogação básica no tal sonho não foi tentar perceber a origem de cada uma das criaturas, mas sim descobrir como conseguiam conviver com os odores uns dos outros quando à noite começassem a largar peidos e isso.

domingo, 21 de setembro de 2008

Brevíssimo historial dos momentos mais embaraçosos na carreira do John Travolta

1 – “Olha quem fala também!” – O John Travolta e a Kirstie Alley tentam educar um dos seus filhos a usar a sanita para cagar adaptando o mais estúpido dos temas de Beastie Boys “Fight for your right to Party” a “Fight for your right to Potty”. “Potty” é sanita para os pequeninos. Algo me diz que o argumentista responsável por esta piada vive hoje em piores condições que eu.

2 – “Campo de Batalha: Terra” – É tão difícil escolher um só momento para a medalha de prata que o pior é mesmo equacionar sequer a hipótese de rever essa total banhada.

3 – “Pulp Fiction” – Bruce Willis (a voz do puto no “Olha Quem Fala também!”) faz finalmente justiça e mata Vincent Vega com uma automática, não sem antes John Travolta exibir a mais patética das expressões faciais que pode alguém suster antes de ser morto.

Os Condóminos (ou a variante #32 de uma piada óbvia)

Agora que o Quique Flores vai viver para o mesmo prédio que o Eng.º José Socrates, assalta-me a vontade de sugerir a seguinte ideia a um dos canais noticiosos:

- Improvisar um estúdio no elevador do dito prédio e colocar em prática um formato que registe os micro-debates sobre o “Sobe e Desce da Crise”. Se a produção for arrojada, pode até mesmo explorar uma perspectiva de humor non-sense ao estilo d’ “Os Contemporâneos”. Cada página do guião pode sempre começar ou acabar com “Tsc… Pá…” ou “Joder…”.

Aquela nossa querida capacidade de associar coisas descabidamente

Entre Vila Verde e a Baleia, eu e a A. concluímos que o “Som de Cristal” de Marante será o “Roxanne” dos Police da música popular portuguesa.

Saldos ‘Em

Ir a uma grande tarde de saldos numa grande loja de discos é um pouco como jogar poker com as cartas sobre a mesa: o jogador ambicioso acagaça-se um pouco ao olhar para as mãos do adversário ao lado.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Piada para contar em jantares sociais num qualquer Restaurante Indiano

Quais são as palavras que o Luís de Matos diz para fazer desaparecer o Taj Mahal?

- Taj Mahal, muda-te!

A minha única e mais falhada das piadas sobre Cientologistas (não sou exactamente o Trey Parker ou o Matt Stone)

O que diz um Tom Cruise mesmo assim cioso após um parto da esposa, na precisa altura em que ela é obrigada a comer a própria placenta:

- Queres ketchupe, Katie?

Adivinha quem encornou? Eh oh, eh oh...

Que nome técnico se dá a um opinador que utilize o registo de crónica para falar sobre o programa sensacionalista "Momento da Verdade"?

- É um cornista.

domingo, 14 de setembro de 2008

Tv Movie

Sim, hoje devo admitir que, mais do que qualquer outro este ano, o meu Domingo foi, tal como Jarvis Cocker canta nos Pulp, a movie made for tv - bad dialogue, bad acting, no interest, too long with no story and no sex.

O dia em que encontrei a Madonna num concerto de Le Tigre

É um clássico que pertence a todo o Blog de conteúdo minimamente confessional. A passagem por cá da Madonna oferece o pretexto certo para um post.

E assim foi. Enquanto aguardava, muito além do limite da paciência, pelas Le Tigre, lá estava ela com uma franja impressionantemente bem desenhada. Olhos de quem já tinha fumado mais do que um par de charutos nesse dia. O desastre em mim decidiu escrever e entregar-lhe um bilhete com uma comparação perfeitamente fora de órbita:(em inglês)"You look just like the perfect cross between early Madonna and Joaquin Phoenix."

Ainda hoje não entendo o impulso. Ainda hoje suspeito que tenha vivido naquele momento a mais absurda interrogação da sua semana.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Palpite Certeiro

Vai demorar muito menos tempo até que a Vanessa da Roda da Sorte seja capa da FHM ou Maxmen do que até o Herman José entender que chegou a hora de terminar a carreira.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Pensamento das 9:42

É nos dias em que o chão mais se parece com manteiga que é maior a minha vontade de ficar em casa entregue à rotina de um Marlon Brando envelhecido.

domingo, 7 de setembro de 2008

Sortidos de Domingo

Conversa entre mãe e filha interceptada junto ao Ponto de Escuta da secção de Hard Rock /Metal da Fnac do Colombo, quando ambas tinham os phones enterrados na cabeça:
- Isto é a memória dos mortos!...
(apontando para um qualquer disco gótico com um grafismo patético) -Olha! Letras escritas em sangue!!

Adiante, a máquina da cancela de saída do Hospital da Luz muda de opinião muito facilmente:
Bilhete mal inserido dá direito a "Ticket Fraudulento!"
Bilhete bem inserido oferece "Boa viagem!"

Mais banal é reparar também que a prenda de eleição de novos ricos e pais "bem" para putos mimados é a guitarra do Guitar Hero.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Falar de Magic, the Gathering com jovens faz-me sentir velho

O Rui é um puto fixe que costuma andar de bicicleta pelo meu velho bairro. É fácil simpatizar com ele por uma série de razões: recorda-me um pouco de como eu era com aquela idade (embora isso seja um pouco narcísico), reparei, com admiração, que era um mandrião perspicaz quando lhe dei algumas explicações de inglês, e, além disso, torcia pelo Sporting há uns 5 anos e agora jura ser do Benfica para sempre. A última característica facilita obviamente toda a tentativa de meter conversa, que também nunca deixa de ser a mesma:"Então, pá? Quando é que aquilo arranca? Isto está muito mal...".

Hoje falámos um pouco à porta da minha antiga casa acerca do Magic, the Gathering, e de como eu tinha sido um cromo daquilo durante uns anos, quando agora provavelmente já nada perceberia das novas regras. Perguntou-me em que colecção eu tinha deixado de jogar e eu respondi "Saga de Urza ou cena assim...". Ele armou uma expressão nos olhos e disse:"Isso foi há bué...". O "bué" do Rui obriga-me a aceitar que era bem mais novo quando era campeão do Magic. Ainda assim, o meu orgulho old-school devolve-me a esperança de que bastaria um "Pergaminho Amaldiçoado" do meu lado para ir matando uma a uma as criaturas dos putos que andam por aí de bicicleta.

Uma pausa separa-me de Hollywood

Por acidente (a sério), uma caixa com algumas barras de Kit Kat veio parar ao meu frigorífico. A minha desculpa para ir comendo um de vez em quando é muito sofisticada e passa pela criação de uma fantasia, em que também eu esteja obrigado a engordar uns quilos para interpretar um papel futuro muito quotado entre os actores da minha geração. Penso para mim: se o Robert de Niro o fez, o que me impede de seguir o exemplo? O golpe é perfeito se me convencer de que, na verdade, estou em preparação para um papel de trintão de barba mal feita num filme de comédia dramática passado num apartamentozinho onde o que se passa de mais interessante são mesmo os carros lá fora.