quarta-feira, 29 de abril de 2009

Austrália Experimental



A Jessyka curte Ryoji Ikeda e cenas assim. Dança Mariah Carey e Celine Dion só mesmo para enganar. Ela é experimental.

domingo, 26 de abril de 2009

Os impeditivos da sobriedade



Vi ontem esta mamadice. É habitual falar-se dos filmes que podiam surtir melhor resultado e oferecer outras leituras quando vistos sob o efeito de drogas, mas, no caso do “The Man Who Fell To Earth”, esse consumo parece-me quase obrigatório. Retive alguns aspectos, mesmo assim:

- Podia ser a história do Cristiano Ronaldo caído do espaço.
- Mulheres “à vontade” é um dos aspectos singulares do cinema de Nicolas Roeg.
- O Bowie surge completamente nu durante um segundo numa das mais bizarras cenas de sexo não filmadas por Passolini. Pistolas e o caralho…
- Os Daft Punk aparecem num cameo antes mesmo de existirem (no trailer são vistos de relance aos 2 minutos ou isso).
- O filme é tão vanguardista que prevê, com 23 anos de avanço, um preto como o homem mais poderoso do mundo.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

sábado, 18 de abril de 2009

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Clássico Universitário IV

Certa vez, bem perto do final de um semestre, fui acidentalmente escolhido para entregar todos os trabalhos de Literatura Portuguesa pertencentes a colegas meus que não podiam estar menos interessados em ir a uma aula meramente acessória. Formou-se uma pilha à minha frente e a essa acrescentei também o meu.

Desafiei o R.:

- Se encontrares neste monte um trabalho com pior aspecto que o meu, não entrego o meu.

Ele acedeu. Vasculhou as pastas, pegou numa e disse num tom de troça:

- Foda-se – cala-te! Olha para este! É o pior!

Concluí:

- Ya, esse é o meu.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Knock knock. Quem é? É o fantasma do Photoshop.




Existem capas de discos que não facilitam a vida a ninguém a não ser a quem cuidou do seu design.

Enquanto guiávamos até ao Forum Montijo, prometi à M. que faria os possíveis para descobrir numa loja limitada um disco porreiro para oferecer ao N., que fazia anos. Ela sugeriu DJ Shadow e Tindersticks. Eu topei o “Red Shoes” da Kate Bush em versão japonesa. Olhámos juntos para o ovo na capa do disco de Wilco. Mas nada disso era a “tal” prenda. Apontei para o “Knock Knock” de Smog e disse-lhe:”Só pode ser este.” Sem saber quem tocava no disco, a M. pegou nele e disse:”O quê?! Isto?!” Ter espreitado a contra-capa também não ajudou (é sinistra).

A vida não é fácil para quem procura impingir os discos de Smog (e de Bill Callahan) a quem os conhece apenas pelas capas.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

(uma anedota)

Uma nave aterra no Alentejo e o primeiro sinal que intercepta é o da RTP 1 às 19:45. O “Preço Certo” é visto no ecrã gigante da nave durante 15 segundos. Um extra-terrestre dá uma cotovelada ao outro e diz na sua língua:

- Tá safo! Este planeta é nosso.

sábado, 4 de abril de 2009

A música brasileira é diversa

As diferenças entre a expressão portuguesa de Portugal e do Brasil tornam muito sorrateira a escuta da “Blues prós Bicos” de Ana Mazzotti.

Papa Menino D’ Ouro

Criei ontem um prato inédito, que foi baptizado pelo M. pelas suas semelhanças com a papa de certa cena da comédia-aventura aparvalhada “Menino de Ouro”, protagonizada pelo Eddie Murphy. A cobertura de queijo derretido, quando pressionada com a espátula, trazia à tona um molho avermelhado, daí o nome. “I… I… I….I want the papa… please…”

Ingredientes:

1 pacote de queijo ralado das ilhas do Lidl
Pão ralado do Lidl
Meio pacote de combinado de vegetais mexicanos do Lidl
Meio pacote de combinado de vegetais italianos do Lidl
2 pacotes de massa Gnocchi do Lidl
6 dentes de alho descascados
Azeite
1 frasco de polpa de tomate com alho Heinz

Preparação

Fazer o refogado com os alhos cortados sobre azeite e polpa de tomate, num grande tacho anti-aderente.

Adicionar o Gnocchi e os vegetais salteados.

Adicionar copo e meio de água (mediante a vontade de ter uma papa mais malandrinha).

Deixar ferver durante 30 minutos, até que a mistura vá agarrando um pouco ao fundo. Mexer de vez em quando.

Deitar tudo num recipiente para ir ao forno e cobrir o topo com pão ralado q.b. e queijo ralado suficiente para cobrir toda a superfície.

Levar ao forno até que a cobertura de queijo ganhe a espessura “Menino d’ Ouro”.

Acompanhar com pão saloio e um bom vinho tinto.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Teenage Caveman

Enfrentar o micro-ondas Miele da minha mãe é daquelas coisas que me faz sentir um autêntico macaco.

5 da manhã, hey, berlindes!

É pá! Gosto do detalhe dos piercings nos sonhos.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Curta elegia da jovem espanhola e o paralelo musical disso

É daquelas coisas que me ocupa o pensamento desde há vários anos e que pode ser explicada num empate técnico entre Portugal e Espanha, mesmo sem me alongar muito.

O meu coração ibérico deixa-me ser imparcial no que respeita a avaliar os valores da música experimental de ambos os países. Aí não há volta mesmo a dar-lhe: Portugal está muito à frente. Bastaria comparar dois festivais (ocorridos nos respectivos países) para perceber que o melhor que os espanhóis têm de experimental são os Fangoria e uma ou outra matulona do reggaeton. É um deserto.

No que respeita a miúdas experimentais, tanto quanto me parece, Espanha ganha com relativa vantagem. Lembro-me de estar no T0 de duas jovens (uma espanhola e uma italiana) e ver-me inundado em tanta arte feita por elas (do melhor a alguns resultados fracassados também). Quando acordava, tinha um gato a dois palmos do nariz pronto para me arranhar. O tópico nacional da altura era a campanha de Espanha no Europeu, mas as jovens gostavam mais de falar do trabalho do Matthew Barney. Eram mais experimentais.