quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Al-Receita para uma noite linda

Simples: Al Green até ao desligar das luzes, Al Bowlly depois de desligar as luzes.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Panda recupera obscuridades arcade - Tapper


Como resistir a um simulador de taberneiro? “Tapper” é um clássico dos jogos “tão estupidamente minimalistas que só podem ser bons”. Um barman com bigode serve canecas a clientes em vários balcões e recolhe depois os copos vazios. Existem clientes especialmente generosos que se lembram de deixar uma gorjeta, que, ao ser apanhada, activa um conjunto de bailarinas a dançar o “can-can” (nunca percebi bem porquê). Quando um copo se parte no chão, perde-se uma vida e o barman deita as mãos à cabeça como um desgraçado. O segundo nível (ilustrado na imagem) leva o barman para um espaço desportivo, onde atletas de várias modalidades aliviam a pressão com uns canecos. “Tapper” até nisso é pioneiro no uso do politicamente incorrecto. As versões variam entre as marcas Budweiser e Suntory. O Bill Murray não empresta a sua imagem ao jogo.

Mais nostalgia Magic the Gathering


A jogada repetia-se. A menos que o próprio Tó Zé conseguisse invocar aquela lenda monstruosa, o Totem Sorridente do Paulinho tratava de ir buscar o Espírito da Noite ao baralho do gajo. Ter o Espírito da Noite na mesa equivalia normalmente a jogo ganho. A carta é imbatível.

Eu sempre fui um rapaz de baralhos verdes, com elfos e isso. Arriscava às vezes o vermelho, mas nunca percebi muito bem como se dividia o dano de uma bola de fogo e não me lembro de ter invocado um Dragão de Shiva mais do que umas 4 ou 5 vezes.

Éramos todos rapazes mais despreocupados nessa altura.

Everybody Loves Panda

Se a minha vida fosse uma sitcom fodida, a música de abertura e encerramento seria do Ariel Pink.

Se a minha vida fosse uma sitcom, a música de abertura e encerramento seria do Daniel Johnston.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Samba aí um troco

Toda a gente sabe que o melhor Carnaval é o do Porto: 200 gunas e 400 mitras não podem estar enganados.

Whatever…

O meu telefone do MEO parece às vezes uma teenager antes de ir para um baile de finalistas. Pisca repetidamente a palavra “base” como quem pede a coisa.

O Panda prevê os derrotados dos Óscares (desculpa, Álvaro Costa)


No que toca a adivinhar os vencedores dos Óscares mais logo, a previsão feita pelo Roger Ebert facilita muito a vida a todos, inclusive os jornalistas. É fácil aparecer no telejornal com uns óculos de massa e repetir os palpites de alguém que tradicionalmente pouco falha nessas apostas. O Panda não facilita e em baixo prevê resultados de cálculo muito mais difícil: os derrotados em cada uma das principais categorias.

Melhor Filme

Eu ainda não vi o “Frost / Nixon”, que, na abordagem ao “crook”, só pode ser mais fraquinho que o “Secret Honor” do Robert Altman, mas parece-me que a Academia ainda vai a tempo de castigar o “Benjamin Button” pela falta de pudor que demonstra na repetição de todos os clichés do “Forrest Gump”, que, ainda assim, era um filme engraçado e um incentivo patriótico para gente anormal. Além disso, o “Benjamin Button” tem demasiadas cenas filmadas de dia, o que só dificulta a tarefa de quem quer tirar macacos do nariz discretamente no cinema. Tenho saudades do velho Fincher.

Palpite: esse filme mau promovido com um bigode a passear pelo Brasil.

Melhor Realizador

O arredado nesta categoria deve ser sempre aquele que acumula um passado mais vergonhoso. E, sim, o Gus Van Sant já filmou umas valentes cagadas, incluindo remakes de filmes infinitamente melhores – “Psycho” – e um remake racial – “Finding Forrester” - de um filme que ele próprio já tinha feito com maior dignidade – “O Bom Rebelde”. Acrescente-se a isso o peso fashion de um Gus Van Sant que persiste em escolher fatos patéticos para noites de gala (o Kodak Theatre não é um circo). Mas aqui o Ron Howard tem mesmo de ser o escolhido: dos 4 filmes e meio que lhe conheço (dormi durante metade do “Apollo 13”), o dos bombeiros consegue ser o melhor. As coisas vão mal quando uma carreira é salva por um filme que tem o William Baldwin num dos principais papéis.
Palpite: aquele gajo que aparece no teledisco dos Weezer.

Melhor Actor


Sem hesitar: Brad Pitt, pelo simples facto de ser nomeado pelo filme errado. Merecia sim o Óscar pelo excelente papel de parolo no “Burn After Reading”. É muito mais difícil passar de sex symbol a bimbo de ginásio, do que velhinho raquítico a rapazinho ansioso por um último bailado.
Palpite: primeira regra deste post é não referir os palpites pelos nomes.

Melhor Actriz
Anne Hathaway, por ter a pinta exacta de estudante de Comunicação Social que nunca me deu a mínima trela na Universidade.

Palpite: a miúda de quem o Ang Lee teve piedade, depois de a ver em tantos filmes terríveis.

Melhor Actor Secundário

Michael Shannon, talvez porque me parece o mais incapaz de competir com a cena em que o Joker do Heath Ledger faz desaparecer o lápis. O Robert Downey Jr. precisa do Óscar como moeda de troca em noites empoeiradas. Depois, eu nunca seria capaz de maldizer o Phillip Seymour Hoffman depois de o escutar a falar ao telefone.


Palpite: o gajo que, com sorte, desenrascará uns papéis secundários em comédias do Adam Sandler e thrillers com a Jennifer Lopez.

Melhor Actriz Secundária

Eu até entendo que o Woody Allen goste de se ver rodeado de mulheres bonitas que o ajudem a passar o tempo de espera entre takes, com conversas apimentadas e um charme que serena os mais neuróticos, mas será que o grande director de actores não percebeu ainda que a Penélope Cruz rende muito mais a publicitar cosméticos do que como latina-furacão? Pá… A mulher é limitadíssima. Diverti-me muito com o “Vicky Cristina Barcelona”, quando até estava a sofrer uma crise de gases das piores, mas tive mesmo de ir à casa de banho do avião depois de 3 minutos a ver a Penélope Cruz.

Palpite: aquele sotaque irritante que habitualmente arruína todos os filmes em que marca presença.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Com sotaque, o filme chamava-se "Apenas uma transa"

Tenho ideia de que esta manhã vi o pior início de filme desde que me lembro. O nome do filme era "Just a Little Harmless Sex" e, durante os 4 ou 5 minutos reservados aos créditos de abertura, conseguia encaixar a rambóia de três homens num strip-club, um desses a oferecer boleia a uma mulher na estrada (papel a cargo da filha de Clint Eastwood), a troca de olhares de engate mais vazia alguma vez vista num filme, a retribuição do favor por parte da mulher à moda Divine Brown, a chegada da polícia que os apanhou em flagrante, a esposa a receber o telefonema da polícia em casa.

Parei de ver o filme por ter a certeza de que a partir daí seria sempre a descer.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Royal Rumble no meu leitor de mp3

Agora que os dias convidam mais a ir e vir do trabalho a pé, fico com mais tempo para ouvir o meu leitor de mp3. No que respeita a escolha, desenvolvi um esquema que espero manter durante algum tempo. Consiste em preencher os 4 gigas disponíveis com quantas discografias ou fatias consideráveis de discografia forem possíveis. Exemplo, os Blonde Redhead ou os Spazz têm discografias praticáveis em termos dos 4 gigas. Muslimgauze e King Crimson nem por isso, mas podem entrar com uma selecção considerável entre meio giga e um giga.

O esquema passa por manter esses blocos no mp3 durante o tempo que leva até precisar de ser recarregado (entre semana e meia a duas semanas). Na altura em que tiver de o ligar para recarregar, uma das discografias é eliminada e entra depois uma ou mais conforme o espaço disponível. O critério é o gosto e o afecto. A longo prazo, vai ser engraçado perceber quem cumpre as mais longas estadias.

A Rihanna sempre procurou um hit


Com toda esta conversa em torno da sova que a Rihanna levou do namorado (e que a deixou mais parecida com a Tracy Chapman), é inevitável pensar na “Be Hit” de Smog.

Every girl I've ever loved
Has wanted to be hit
Every girl I've ever loved
Wanted to be hit
Every girl I've ever loved
Has wanted to be hit
Every girl I've ever loved
Left me cause I wouldn't do it
Got some advice for you friend
bruise 'em, you'll never lose 'em
bruise 'em, you'll never lose 'em
Alright now
Seems my sensitive touch
Can be given by any old shmuck
Alright now

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Mudar de ramo

Agora que também já tenho uma conta de Twitter, é bem provável que o meu blog se mate de ciúme.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Aquele instante decisivo

Neste Dia dos Namorados, o Panda tem um conselho para todos os outros:

Na eventualidade de uma saída à noite para dançar e ouvir música, falhar o avanço na hora da “Temptation” de New Order representa a morte e a miséria na madrugada. Quem deixa escapar o empurrão dessa, bem pode acabar o copo que tem nas mãos e voltar de táxi para casa.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Velinha (post potencialmente demagogo)

Penso muito em fé ultimamente e ocorrem-me dúvidas em relação ao grau de exigência permitido a alguém que pede um milagre. Do estilo, “Quero um Sporting campeão, mas com vitória sobre o Benfica.”, “Quero que o meu irmão emigrante regresse bem da Alemanha, mas era óptimo que trouxesse consigo uma boa selecção de enchidos.”, “Quero um namorado, mas tem mesmo de ser culturista.”

(sou obrigado a usar um termo inglês para rematar, porque não encontro equivalente)

Bem aventurados sejam os “under-achievers” de todo o mundo. Para eles, a felicidade está ali mesmo à beira. Não é um recorde olímpico.

Chapada-avant

Ao ver ontem um dos meus favoritos episódios de “Duarte & Ca.”, aquele em que o Rocha inventa uma porta automática para agredir inimigos, percebi que a série foi completamente vanguardista em relação à fórmula cómica/dramática de “gangsters com problemas e interesses banais”, só muito mais tarde explorada no “Pulp Fiction” e “Sopranos”.

Não fossem as cóleras do Átila e provavelmente nunca teria havido o diálogo do Royale With Cheese.

Sortidos de Sonho (um cheirinho da psique do Panda)

Esta noite sonhei…

… que, depois de recusar ir na montanha-russa da Disneyland em Paris, fiquei-me por um carrossel calminho onde podia martelar na cabeça de uns sapos. Não encontrei um estrangeiro suficientemente simpático para me tirar uma foto no telemóvel para depois enviar-te. Por sua vez, os meus amigos perderam o dia em todas as outras diversões e, no fim do dia, disseram-me que gostaram especialmente da “It’s a Small World After All”. Fiquei com pena de não ter lá estado.

… que, depois de comprar umas Oreo de chocolate puro, era o Forest Whitaker ou o Dustin Hoffman num filme em que a minha paciência e pacifismo eram testadas por um mitra chato que queria certamente qualquer coisa num apartamento sem fachada, como se pertencesse ao prédio do teledisco de “Protection” dos Massive Attack.

… com os melhores momentos de um filme (teledisco?) em que o Justin Timberlake e o Ice Cube eram rivais. O Timberlake surgia em muito mais cenas de pinocada. O Ice Cube exibia-se lá no ghetto.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

É o meu Manjerico, mas o meu nome não é Gaspar

Ainda não sei quantos dias vai demorar até que comece a falar com ele ao serão, mas adoptei esta semana um prato certo a que decidi chamar “Pratinho Sujo”.

Oh não! O Santo Senador!

As notícias anunciavam hoje que, depois do Arnold Schwarzenegger, seria o Val Kilmer o próximo actor a candidatar-se a senador nos Estados Unidos.

Diz-me, A., esta doença só afecta os péssimos actores?

A Aparição (filme patrocinado por Chaparrão Clássico)

Juro que, ao temperar um bacalhau antes de ir ao forno, o azeite formou, no contraste com a água, um C muito parecido com o logótipo do Continente. Pensei até em ligar para a TVI para virem cá a casa ver esta merda.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sr. Taxista, conduza-me à praça mais miserável de Lisboa.

A J. tinha um bonito sinal no rosto e uma camisa às riscas verdes e brancas. Alguns colegas diziam-me que era uma aluna muito organizada. Era pelo menos acessível na disposição de rapariga maravilhada com as liberdades de Lisboa, depois de década e meia numa pequena cidade.
Combinámos ir dar uma volta em termos muito vagos. “Vem lá ter.” Depois disso, lembro-me de uma longa distância entre o Campo Grande e uma grande moradia, e de quatro ou cinco lances de escadas. Quem se aventura a ir a uma casa comum de univesitários, bem pode ir contando com um ou outro estranho com que tem de fazer conversa enquanto a amiga acaba de tomar banho ou isso.
O estranho era o namorado da J. e falámos um bocado numa sala desarrumada, com toalhas e roupas a secar por toda a parte. O gajo parecia o Maniche.

A J. voltou do banho, fumou um cigarro e deve ter dito “Bora.” Pá, bora.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Um post que refere a palavra outlet sem mencionar a palavra corrupção

Achei especial graça a um comediante que no Conan O’ Brien de hoje disse que Nova Iorque parecia actualmente um outlet gigantesco para os europeus.

Muito menos graça teve o momento musical com os Fall Out Boy.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Tekno No Love Song

Foi necessário escutar hoje a “Muppet Face” de Xiu Xiu, no regresso a casa, para relembrar que uma ida à discoteca pode ser uma experiência completamente violenta quando isso sucede imediatamente a um coração destroçado às mãos de alguém.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

(pregnant pause)

Enquanto tentávamos descobrir as diferenças entre as cheerleaders da Sagres e da Carlsberg, chegámos a um consenso: as entrevistas de casting de cheerleader devem terminar sempre com a mesma pergunta.

- Hmmmm… Então queres mesmo emprego, não é?

Um sentido elogio a todas as miúdas que tiveram a sorte de crescer com um irmão ou um primo fixe

Reparo que o meu pensamento muda um pouco conforme os supermercados a que me vou abastecer. O Silvestre, em detrimento do Lidl, revelou-me hoje umas tantas coisas.

Mas só ao chegar a casa percebo que o irmão ou um primo fixe pode ser um elemento equilibrador essencial na vida de uma miúda entre os 6 e os 14 anos de idade, quando ainda está a formar os gostos e a sua forma de estar. Inversamente, um rapaz nessa idade também expande as suas sensibilidades se aceitar uma ou outra vez brincar aos médicos ou casinhas (dois meios para um só fim). É uma chatice conviver entre adultos e um arroto mais solto ser ainda recebido com choque por parte da miúda que nunca soube distinguir uma Megadrive de uma Super Nintendo. Não precisa de ser brilhante no Pang ou derrotar-me no Mortal Kombat, mas saber manobrar o Super Mário ou acelerar a pedalada do Sonic é um turn-on de enorme relevo, ainda que normalmente subestimado.

Rapariga que nos primeiros anos de juventude correu ao lado dos primos no OndaParque usufrui hoje de benefícios que não estão ao alcance de quem ficou em casa a servir chá e café ao Meu Pequeno Pónei. O que seria da Natalie Portman ou da Chloe Sevigny se não tivessem um piscar de olhos que sugere “Onde está o teu velhinho Gameboy?” (no caso da primeira) e “Vou ser capaz de te superar na bebedeira.” (no caso da segunda)? A Miss Jerusalém provavelmente nunca tinha conquistado um papel na “Guerra das Estrelas” e no coração do Devendra. A miúda dos telediscos de Sonic Youth nunca teria sido a Daisy que se sabe. Estou certo de que não lhes faltou um amigo porreiro na altura certa da vida. O mundo ainda hoje beneficia disso.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Um post para dar uso aos meus genes amazónicos

Eis a três músicas que actualmente mais gostaria de cantar a usar apenas uma t-shirt da Kylie Minogue de tamanho S:

“Girls On the Square”, Dent May

“Ocean”, Sebadoh

“Bad Girl”, Devendra Banhart