sábado, 9 de agosto de 2008

O mais emo de todos os espectáculos televisivos

A capacidade que a televisão tem de me comover é daquelas coisas tão imprevisíveis e incontroláveis que chega a meter nojo, principalmente pela maneira como me aprisiona sem que eu encontre explicações ou soluções para isso. O historial é muito curto, mas diverso: a cena final do “Kramer contra Kramer” é fatal desde que me lembro, determinado episódio d’ “Os Simpsons”, em que a família fica ameaçada de perder o cão Santa’s Little Helper, também me deixa k.o., desde que tenho um cão, mas a ameaça maior para a secura dos meus olhos é mesmo os Jogos Olímpicos, maldição essa que se intensificou com a edição deste ano em Pequim (talvez pelo contraste entre os sorrisos do público chinês e as expressões de desgraça nos atletas coreanos). Talvez fosse demasiado embaraçoso enumerar detalhadamente tudo o que me tocou nesta manhã de sábado, mas acho que estou mesmo necessitado de uma chapada militar (um “Acorda, meu!” sovado com a parte de fora da mão) quando reparo nas reacções que tenho a coisas tão insignificantes – na generalidade da minha vida - como uma final de halterofilismo feminino ou o duelo entre um judoca coreano e um austríaco para a medalha de ouro.

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