Há uns dias, nas traseiras dos Armazéns do Chiado, umas jovens (aparentemente) romenas pediam assinaturas perto do meu carro pessimamente estacionado mesmo à boca do metro. Uma delas aproximou-se de mim com caneta e papel, e deu 3 beijinhos simpáticos na caneta e na minha direcção. Eu achei o gesto muito querido e ainda peguei no papel naquela de “Deixa lá assinar esta petição que reclama por melhores direitos para os emigrantes e isso”. O topo da folha dizia qualquer coisa sobre melhores acessos e as três colunas na folha estavam reservadas a nome, código postal e quantia a doar (20€ em média). Os segundos de reflexão não chegaram para entender bem como é que a quantia seria cobrada só com o código postal (um homem do fraque romeno talvez), mas achei melhor devolver a caneta beijada e o papel.
A culpa só bateu forte quando a miúda ficou a olhar para mim com cara de quem queria os seus três beijinhos devolvidos.
Desculpa, Saraponova.
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