quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Corte clássico

Certas vezes, uma pessoa é obrigada a ficar satisfeita mesmo quando contrariada. Nos últimos dois anos ou isso tenho cortado o cabelo no P. e é frequente pedir para cortar uns 2 ou 3 dedos. Para ficar com uma touca para o Inverno, disse eu desta vez. Ele avisa Eu vou cortando até achares que está bom. Acontece que depois começamos a falar de bola muito entusiasmados e dou por mim com o cabelo muito mais curto do que desejaria. É ainda assim o melhor corte de cabelo de que lembro (excepcionando talvez um corte de cabelo mais distante no tempo, mas igualmente presente na memória pela tradição tailandesa do mesmo).

A formação de barbeiro do P. é essencialmente militar, tanto quanto sei. E onde moro ele é lenda entre o pessoal da minha idade pela maneira como fazia frente aos bófias na mocada e um pouco também por ter sido front-man de bandas de metal que fizeram história nas traseiras do Secundário onde estudei. A verdade é que um gajo distrai-se enquanto fala e eu consinto na boa um corte “à tropa” quando ali vou. É agradável saber que são mínimos os índices de poseur em mim quando prefiro uma boa lição de bola a um penteado tão evidentemente nerd como eu desejava.

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