segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Um Postal Virtual para Si (este post é spam emocional)

A altura em que eu tinha hora certa para regressar a casa foi curiosamente a mais dominada por um convívio aberto com alguns tóxicos. Tivesse eu direito a toda a noite e provavelmente não era tão sôfrego entre as 19 e as 23 (hora ideal para “A Grande Descida”). Isso interessa apenas para explicar o estado de semi-embriaguez em que me encontrava quando falámos do “Buffalo 66”, certamente, e do “Happiness”, creio. Clássicos indie de final da década de 90. De um modo perfeitamente gratuito, disseste-me “Amo-te.”, como se a noite e a “martelada” do Virtual ensurdecessem a palavra. Tinhas os olhos de um Papa Chango anoréctico. É óbvio que celebravas apenas a empatia em relação ao Vincent Gallo, tanto mais que o teu namorado até estava por perto e aquele não era o contexto adequado para equacionar sequer as consequências da palavra. Foi um pouco como em Barcelona, onde os amigos se beijam na boca quando se encontram além da meia-noite no Razz ou isso. As horas AM abreviam também o nome do tesouro que escondem. Ainda assim, nunca me esqueci de como foi bonito. Quase tão bonito como a noite em que praticamente vomitei para cima do Paulo Gonzo e da Sofia Aparício.

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